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Valorização profissional

A coluna dessa semana é sobre um tema que muitos profissionais clamam: valorização profissional. Obviamente, todos querem ser valorizados enquanto profissionais. Mas, a pergunta que não quer calar: Você realmente “merece” a valorização que você está pleiteando?

Hoje em dia, vejo que a formação básica está cada vez pior. Alunos passando de ano pela política da “não reprovação”, o que gera alunos menos pensantes e, com isso, uma formação básica bem pior do que tínhamos em décadas passadas. Essa deficiência vai desde o português, onde vejo textos, laudos, pareceres com muitos erros gramaticais (e olha que tem corretor automático!), falhas na formação profissional, principalmente na gestão de seu negócio (não adianta falar que não tiveram isso na faculdade. Se é importante/fundamental para abrir um consultório/clínica, teriam que fazer isso antes de montarem seus negócios) e até na execução de procedimentos, onde muitos são “repetidores de processos”, ou seja, não possuem capacidade cognitiva de pensar sobre o que estão fazendo, analisando cenários diferentes a partir do diagnóstico elaborado. Aliás, muitas falhas em diagnóstico, o que gera planos de tratamento cada vez mais sem sentido, com erros e falhas básicas.

Vejo uma preocupação maior em “ter um diploma” do que realmente aprender a ser um especialista de verdade. Pouco empenho, dedicação medíocre nos cursos e depois querem ser valorizados, porque afinal, são “doutores”. A Odontologia é uma ciência linda, que requer dedicação e profissionalismo. Para entramos em alguma cirurgia, tratamento endodôntico ou harmonizar uma face, assim como qualquer outra especialidade, devemos dominar o conhecimento, saber diagnosticar, tratar e contornar eventuais intercorrências.

Valorização profissional

valorização profissional

Antes de falar em valorização, responda pra você mesmo algumas perguntas: Você teria coragem de ser atendido por você mesmo? Faz com amor? Faz seu melhor? Se aprimora? Para querer valorização, você precisa ter valor, que é conseguido de duas formas:

  • Aprimoramento técnico-científico. Não é raro um jovem recém formado ter profissionais mais experientes como referências profissionais de sucesso. Lembrem-se que existe uma curva de aprendizado (eterna), e que pra você chegar aonde ele chegou, deve saber quais caminhos ele percorreu e o quanto estudou para isso.
  • Desenvolvimento humano. De nada adianta ser o melhor, tecnicamente falando, se você não sabe lidar com pessoas. Diante de uma alma humana, seja apenas uma alma humana. Seja um profissional que ame o que faz e ame fazer o bem para as pessoas.

Esse comportamento fará com que você seja (e não pareça) um profissional digno de ser valorizado. Quanto mais você se empenhar em explicar os procedimentos a serem feitos no paciente, de forma com que ele entenda, de fato, os benefícios e a importância desse tratamento, aliados a uma perfeita execução (que é sua obrigação, não diferencial) e estar em um ambiente agradável, compatível com seu nicho de mercado, farão com que você tenha, enfim, a valorização que tanto deseja, porque de fato você a merecerá. A partir daí, o preço do tratamento será apenas um acordo de como será pago.

Quer ser valorizado? Se valorize.

Até a próxima!

Autor: Eduardo Picanço
C.E.O. do Self Manager – Sistema de Gestão Inteligente
Fellow Ellect da Academy of Dentistry International (ADI)
Imortal pela Academia Brasileira de Odontologia (AcBO) – cadeira 16
Imortal pela Academia de Odontologia do Rio de Janeiro (AORJ) – cadeira 10
Diretor Científico da AORJ
Palestrante convidado em Harvard Faculty Club
Mestre em Reabilitação Oral e Implantodontia
Especialista em Implantodontia e Harmonização Orofacial
Instagram: @eduardopicanco |@dr.eduardopicanco |@selfmanageroficial
E-mail: eduardopicanco@gmail.com
Site: www.selfmanager.com.br

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